27/10/2011

Eu não acredito na sorte, em anjos ou em deuses


No entanto, tal como uma força invisível - a deslocação do ar - rege o voo dos pássaros, penso por vezes que tem que haver qualquer coisa a gerir as probabilidades na nossa vida...
Por hoje, chamo-lhe caos. Amanhã não sei!

Falo disto porque há um dia muito específico da minha semana que me serve de mote.

25/10/2011


A gestão das contas aqui em casa avisinha-se um pouco mais difícil que o habitual. Há mais alguém desempregado aqui em casa. Vá lá que, ao contrário da minha pessoa, ele não é invisível para o sistema e até tem direito ao subsídio de desemprego. Mas está difícil arranjar "biscates" para complementar o rendimento colectivo.
No entanto, neste dia em particular, há uma ténue luz ao fundo do túnel... Depois de tanto tempo no vazio, sou subitamente seleccionada para iniciar a formação numa empresa em que espero vir a trabalhar em part time, o que já é um certo alívio.
Mas não é tudo...

As pequenas coisas:
Já é um pouco tarde para pensar em ir almoçar a casa, por isso vou comer qualquer coisa, num qualquer shopping da cidade do Porto... Chego num instante, arranjo estacionamento muito facilmente perto do acesso mais conveniente para mim. Tenho mesa num dos meus locais favoritos da praça da alimentação do dito shopping. Vou tomar café e, sem pedir nada, ganho um pauzinho de canela extra "para o arroz doce no Natal", diz-me o funcionário da cafetaria em questão. Fico logo ainda mais bem disposta.
Depois disso, vou a uma parafarmácia, porque preciso urgentemente de alguns produtos de pele... E ganho uma oferta daquelas que vale a pena, mas cujo "período de distribuição até já tinha passado", a menina ao balcão fez questão de frisar, "mas ainda havia alguns em stock". Boa, pensei eu!

As coisas determinantes:
Todos os dias em que o meu carro sai da garagem, que não são assim tantos, ele regressa à garagem. E não tem havido excepção nos últimos meses para esta regra. O meu Papa-léguas fica sempre arrumadinho! Até porque quando chove, entra um pouquinho de água para a mala, o que não é grave, mas se puder prevenir-se, tanto melhor.
Mas dia 25/10/2011, inexplicavelmente, o meu carro, quase sem me aperceber, fica ao relento. Ainda com as mãos no volante pensei, "Bolas! Porque é que que pus o carro aqui?" E logo a seguir, "Olha, agora já está..."
E lá ficou ele, praticamente esquecido.
Digo esquecido, porque no dia seguinte - ontem portanto - entro ligeiramente e por momentos em pânico ao perceber que a garagem do prédio está completamente inundada (as marcas deixadas nas paredes não me deixam mentir e confirmam cerca de meio metro de água barrenta)... Não me atrevo a entrar, pois água com circuitos eléctricos, dizem, não dá bom resultado. Subo ao rés-do-chão onde já está uma vizinha e o Zé, a quem abro a porta do prédio. De repente, olho para a rua e lá está ele, mesmo em frente à porta que acabei de abrir... Chovia que "deus-a-dava", mas o meus Papa-léguas parecia estar iluminado e quase sorridente, como quem tinha escapado de boa!
Ufa!

4 comentários:

doida disse...

Eu não acredito em anjos, mas temos 2 la em cima...

Cristina Trancoso disse...

:')
Às vezes apetece mesmo acreditar a sério.

Catarina Trancoso disse...

que história ispetacular :D
só a titulo de curiosidade, as letras da verificação de apalavras aqui em baixo é "unjus"... parecido com anjos :)

Cristina Trancoso disse...

Lá estão as probabilidades a pregar partidas ... Eheheh!